Não és seco, tens sorriso.
Percebido que não é exposto.
Está lá no fundo da tua pura forma
Obsoleta de caminhar.
É esse mistério que transforma
Minhas angústias de ti
Em vontade de descoberta
Ah! Se te descubro
Perderás de vez os teus esconderijos
Serei a mais conhecedora de tuas confidências cruéis.
Clécia Pereira
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
EU TAMBÉM QUERO SER POETA I
Que tudo seja possível à busca poética dos olhos alados,
Que ainda haja vontade de sonhar ao ver a fumaça do vício que perpetua tuas idéias
Que continue sendo impossível o meu desejo do ter,
Pois ele faz-me das ilusões o sonho.
Clécia Pereira
Que ainda haja vontade de sonhar ao ver a fumaça do vício que perpetua tuas idéias
Que continue sendo impossível o meu desejo do ter,
Pois ele faz-me das ilusões o sonho.
Clécia Pereira
LEMINSKIANDO
Leite, leitura,
letras, literatura
tudo o que passa,
tudo o que dura,
tudo o que duramente passa,
tudo o que passageiramente
dura
tudo, tudo, tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
Paulo Leminski
sábado, 16 de outubro de 2010
ÂMAGO, PENSAMENTOS E POESIAS
Poesias inéditas de Jocedil Pereira compõe este volume inaugural, resultado de um trabalho de conclusão de curso na Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde desenvolvido na área de linguagens. Tem como objetivo divulgar o trabalho de artistas regionais que tem suas produções reservadas a pequenos meios de difusão.
A produção de um caderno poético como esse, nos ajuda a compreender o quanto se faz necessário levar a tona e incentivar a literatura contemporânea. Aqui está a prova de que não importa um mundo crescente em recursos tecnológicos que competem com a boa e simples leitura feita num livro, a literatura tem sua forma e pode estar aliada a vários recursos, porém não há meios que a possa tira - lá de produção.
A manifestação poética aqui registrada permitiu-nos discutir através de um olhar feminino temas já bem explorados em diversas escritas, mas que ganha sempre uma nova roupagem quando re-vista e re-sentida. Demonstra a sensibilidade humana nos sentimentos mais íntimos de um ser.
Suas rimas descrevem seus mais íntimos pensamentos sobre a admiração há existência humana em meio à natureza, a sentimentos, a religião, a forma humana e sua persistência no processo da vida.
Jocedil descreve a arte de expressar-se em palavras como o meio de descarregar sensações, a forma de um registro de pensamentos como uma parte do todo na vida do ser humano. Trata a mente como uma caixa onde é necessário (des)acumular ideias, dizendo que escrever é uma compreensão de si mesmo é uma auto-reflexão e um crescimento é a liberdade de pensamentos.
Leitora assídua tem como referência autores de renome regional, nacional e internacional como: José de Alencar, Vinícius de Morais, Castro Alves, Machado de Assis, Clarice Lispector, Dom Helder Câmara, Pe. Airton Freire, Eça de Queiroz, Cecília Meireles, José Saramago entre outros.
A autora não esconde sua paixão de colocar no papel poéticas voltadas ao amor, dito por ela que é a forma de expressar suas ansiedades. Como expresso no poema A ti, escrito no ano de 2003 que revela suas intimidades sentimentais, onde a escrita passa a ser, também, intimidade dos que a comunga na leitura.
A ti
Por ti
Em ti, pensarei
Sorrindo
Viverei
És meu, eterno, definitivamente, único.
Te buscarei, nas águas, na chuva
No vento
Te buscarei para sempre e eternamente
No meu
P
E
N
S
A
M
E
N
T
O
Não há mais nada a dizer que sua poesia por si só já não diga. Nem é minha função descreve-la, eis que apareço apenas para reuni-la com todo o respeito e admiração que tenho por essa mulher, que nunca mediu força para encarar a vida e que ainda se dispões a descrevê-la tão saudosamente através da poesia.
Aqui se apresenta uma das mais belas formas de se enxergar o mundo, a vida e a poesia.
Clécia Pereira
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